¨Olhos...janela da alma.¨

Wednesday, April 26, 2006

10. Nunca desista de seus sonhos.

Livro escrito por Augusto Cury e que li entre os dias 21 e 24 de Abril, durante os períodos de descanso, enquanto passava 36 horas de plantão no Hospital Universitário São Francisco de Paula (HU).

O livro conta a história de quatro pessoas que construíram belíssimos sonhos e que fizeram outros sonharem. Eles passaram por momentos em que foram desacreditados, excluídos, feridos, considerados loucos, tolos e audaciosos.
Conta a história de pessoas que atravessaram o território do medo e escalaram os penhascos das dificuldades. Tombaram pelo caminho, feriram-se, mas continuaram caminhando quando muitos não acreditavam que levantariam. Tinham tudo para não dar certo, mas brilharam. Não eram especiais por fora, mas garimparam pedras preciosas em si, superaram adversidades da vida e nunca, nunca, pararam e nunca desistiram de seus sonhos.


Para sermos um sonhador, basta que sejamos um viajante no mundo das idéias e que percorramos as avenidas do nosso ser. Mas devemos aprender a desenvolver três características essenciais que todos os grandes sonhadores tiveram: a arte da crítica, a coragem para pensar e a ousadia para ser diferente.
Sem sonhos, as pedras do caminho se tornam montanhas, os pequenos problemas ficam insuperáveis, as perdas são insuportáveis, as decepções se transformam em golpes fatais e os defeitos se transformam em fonte de medo.
Se você tiver que desistir de alguns sonhos, troque-os por outros. Pois a vida sem sonhos é um rio sem nascente, uma praia sem ondas, uma manhã sem orvalho, uma flor sem perfume.

Quem ler esse livro, certamente verá a vida de outra maneira, e descobrirá que os sonhos são essenciais para que nós sigamos em frente em busca dos nossos objetivos, mesmo que por alguns momentos, estejamos nos sentirmos sem direção e como se tudo estivesse dando errado. Nunca desista de seus sonhos.
(26/04/06 17:02)

09. Leitura (The Best Of).

Irei comentar a respeito de alguns livros que li, claro que os comentários dependem de vários fatores, pois o momento de vida em que o livro é lido, o espírito com que é lido e também o gosto pessoal influenciam nestes comentários. Eles não estão em ordem de preferência ou de leitura, exceto o primeiro da lista.

0. Bíblia Sagrada.
1. Cristo minha vida.-Clarence J. Enzler.
2. Médico de Homens e de Almas.- Taylor Caldwell.
3. Patch Adams. O amor é contagioso.
4. Harry Potter: Pedra filosofal; A câmara secreta; O prisioneiro de Azkaban; O cálice de fogo; A ordem de fênix; O enigma do príncipe.- J.K.Rowling.
5. Por um fio.-Drauzio Varella.
6. A volta do filho pródigo.-Henri J.M. Nouwen.
7. Dr. Jesus.-David Stevens.
8. Milagres que a medicina não contou.-Roque Marcos Savioli.
9. Jesus, o maior psicólogo que já existiu.-Mark W. Baker.
10.O Monge e o Executivo.- James C. Hunter.
11. Pai Rico, Pai Pobre.-Robert T. Kiyosaki e Sharon L. Lechter.
12. As cinco pessoas que você encontra no céu.- Mitch Albom.
13. Nunca desista de seus sonhos.- Augusto Cury.
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OBS: Irei criar um rank com as músicas que me influenciam e, portanto, são muito especias.

Sunday, April 23, 2006

08. "Eu sei que vou te amar..."

O amor é o objeto último de quase toda preocupação humana;
é por isso que ele influencia nos assuntos mais relevantes;
interrompe as tarefas mais sérias e por vezes desorienta as cabeças mais genias!".
Realmente, o amor é tudo de bom nessa vida...


Eu sei que vou te amar
Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

Eu sei que vou te amar.
Por toda a minha vida, eu vou te amar.
Em cada despedida, eu vou te amar.
Desesperadamente.
Eu sei que vou te amar.
E cada verso meu será.
Pra te dizer.
Que eu sei que vou te amar.
Por toda a minha vida.
Eu sei que vou chorar.
A cada ausência tua, eu vou chorar.
Mas cada volta tua há de apagar.
O que esta tua ausência me causou.
Eu sei que vou sofrer.
A eterna desventura de viver.
À espera de viver ao lado teu.
Por toda a minha vida.

Thursday, April 20, 2006

07. Um tempo para cada coisa. (Ecle. 3)

Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus:
tempo para nascer, e tempo para morrer;
tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado;
tempo para matar, e tempo para sarar;
tempo para demolir, e tempo para construir;
tempo para chorar, e tempo para rir;
tempo para gemer, e tempo para dançar;
tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las;
tempo para dar abraços e tempo para apartar-se;
tempo para procurar, e tempo para perder;
tempo para guardar, e tempo para jogar fora;
tempo para rasgar, e tempo para costurar;
tempo para calar, e tempo para falar;
tempo para amar, e tempo para odiar;
tempo para a guerra, e tempo para paz.



Não sei ao certo porque escrevo agora, se o texto já fala o que sinto. Você sabe qual é a sensação de estar rodeado por pessoas, rodeado por amigos e mesmo assim sentir-se a pessoa mais solitária do mundo? Se sabes, compreendes o que falo, se não sabes que sensação é está, espero que nunca sintas. Hoje o meu tempo de de compreender...

Wednesday, April 05, 2006

06. O tempo sob o sol

O sol de domingo pôs na praia toda a população da zona sul. Bateu de chapa na cidade falsa, em seus falsos arranha-céus, em sua falsa comunidade, e aí pelo meio-dia as areias de Copacabana, Ipanema e Leblon crepitavam de mocidades atléticas, madurezas adiposas e velhices murchas, num desperdício de carne humana. Jogos de bola, jogos de mão, jogos de olhares - a gente moça expunha-se com vigor ao cautério solar, enquanto os mais comprometidos com a morte resguardavam-se à sombra das barracas, dando um mergulho ou outro de curta duração e voltando ad locum suun inchando o peito e encolhendo a barriga.
Um espetáculo belo-horrível, para usar desse desagradável lugar-comum.
Vi uns poucos amigos meus, gente a beirar os quarenta, todos eles com os tórax começando a se aplastar em distensões abdominais mais ou menos consideráveis: essas irremediáveis deformações que o tempo impõe ao corpo humano que prefere viver a se conservar; as mesmas que noto em mim mesmo diariamente e cuja eliminação exige uma força de vontade que não tenho e nem quero ter. Negócio pau, com que a gente sofre a princípio, depois acostuma-se porque não há nada a fazer. Vem tão rápido que mal se percebe. Um dia se é um rapazinho esguio, de perna forte e peito dividido, a dar "paradas" nos bancos da praia para as meninas verem; depois, súbito - um aborrecimento, um período duro, uma paixão, uma viagem - e se é um homem com cabelos começando a embranquecer, os músculos docemente cobertos por uma leve camada de gordura, o fígado inchado, milhões de responsabilidades e uma missão a cumprir na vida.
Tudo isso vem de repente, quando menos se espera. E chega para todo mundo, menos para os reservados, os que preferem se guardar para os vermes da terra. Essa dor do tempo, de que nenhum poeta falou direito ainda.
Mas é isso mesmo. Hoje somos nós, amanhã são eles, depois de amanhã são os filhos deles, nossos possíveis netos. Esta joça toda caminha para a constelação de Órion desde há alguns milhares de séculos. Em vista do quê, preparemo-nos para os pileques de fim de ano, que vêm aí. Mais um ano, meus amigos. Estamos fritos.

(Vinicius de Moraes)
Para viver um grande amor (crônicas e poemas)
Poesia completa e prosa: "Para viver um grande amor"

Tuesday, April 04, 2006

05. Torcida

Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você.
Tinha gente que torcia para você ser menino.
Outros torciam para você ser menina.
Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai.
Estavam torcendo para você nascer perfeito.
Daí continuaram torcendo.
Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra, pelo primeiro passo.
O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida.
E o primeiro gol, então?
E de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer.
Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel.
Torcia o nariz para o quiabo e a escarola.
Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.
Começou a torcer até para um time.
Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano.
Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana.
Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão.
Eles também estavam torcendo para você ser bacana.
Nessas horas, você só torcia para não ter nascido.
E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido.
Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir.
E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.
Depois começou a torcer pela sua liberdade.
Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua.
Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa.
Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã,
para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais.
Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.
Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro.
Torceu para ser médico, músico, advogado.
Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol.
Seus pais torciam para passar logo essa fase.
No dia do vestibular, uma grande torcida se formou.
Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.
Na faculdade, então, era torcida pra todo lado.
Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ela.
Primeiro, torceu para ela não ter outro.
Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro.
Descobriu que ela torcia igual a você.
E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho.
Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel.
E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida.
Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas.
Mas muita gente ainda torce por você!
Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.


( Carlos Drummond de Andrade )

04. Procura-se um Amigo.

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimento, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo ouvir. Tem que gostar de poesia, da madrugada, de pássaros, do sol, da lua, do canto dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois, todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem de todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e , no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações da infância. Precisa-se de um amigo para não enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que bata nos ombros sorrindo e chorando, mas que nos chame de amigo, para se ter a consciência de que ainda se vive.